Brasília: Lançamento da publicação sobre São Luiz do Tapajós
Foto: Marion Le Failler
Nesta segunda-feira a noite, dia 5 de dezembro de 2016, a publicação “Impactos Econômicos da Construção da Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós: uma Análise do Provimento de Serviços Ecossistêmicos” foi distribuída no evento de lançamento no Auditório Benedito Coutinho do Centro Universitário IESB, em Brasília. Esta é a mais nova publicação da CSF Brasil que buscou valorar economicamente os serviços ecossistêmicos que seriam degradados caso a UHE São Luiz do Tapajós fosse construída, acarretando em perdas econômicas para milhares de famílias da região. O estudo foi desenvolvido em um contexto de retomada de projetos hidrelétricos na região Amazônica por parte do Governo Brasileiro e seus inúmero impactos ambientais, econômicos e sociais, em sua maioria negligenciados por parte das empresas e instituições públicas.
Foto: Marion Le Failler
O evento foi aberto com o violeiro Victor Batista. Logo em seguida, a Camila Jericó-Daminello, primeira autora da publicação da CSF, fez uma apresentação sobre o estudo, seus resultados e principais recomendações.
Foto: Marion Le Failler
O documentário “Belo Monte: Depois da Inundação” também foi lançado no auditório, com apresentação por Todd Southgate (diretor e produtor) e Brent Millikan, da International Rivers. Este relata a trajetória de tomada de decisão, planejamento e construção de uma das maiores hidrelétricas do mundo, a UHE Belo Monte. Foram destacados os impactos ambientais e aos povos tradicionais afetados, as ilegalidades e irregularidades, assim como a necessidade de revisar e repensar o atual modelo de desenvolvimento energético.
Foto: João Andrade
Neste sentido, o estudo recém lançado pela CSF enfatiza a importância de analisar impactos relevantes, como as perdas econômicas das famílias afetadas pela falta de acesso à serviços ecossistêmicos. Serviços estes que são acessado gratuitamente e os quais são cruciais para a sobrevivência e bem-estar destas famílias. Nossos resultados vão além do óbvio, pois trazem valores e discussões importantes sobre impactos que atualmente não são analisados por instituições governamentais ou empresas responsáveis. Após o filme, houve um debate com a presença de Antônia Melo e Raimunda Silva do Movimento Xingu Vivo para Sempre, protagonistas do filme. Outros convidados especiais participaram do evento, como lideranças indígenas e representantes de diversas instituições. No total, estiveram presentes aproximadamente 150 pessoas, representando organizações da sociedade civil, da academia, assim como ativistas e moradores locais.
Foto: Marion Le Failler
Esse debate foi prolongado durante o coquetel oferecido pela CSF, onde 200 exemplares da publicação foram distribuídos. O interesse pelo estudo foi grande e sua abordagem bastante elogiada. Discussões produtivas surgiram em relação à temática do estudo, sua relevância e importância de divulgação de nossas análises e conclusões. No dia seguinte (06/12/2016), ocorreu o seminário “Hidrelétricas na Amazônia, Conflitos Socioambientais e Caminhos Alternativos”, na Câmara dos Deputados em Brasília. A realização deste evento foi apoiada pela CSF, dentre outras instituições. Parlamentares, representantes do Ministério Público, Ministério do Meio Ambiente e de Minas e Energia, do terceiro setor e de populações mais vulneráveis aos empreendimentos hidrelétricos (como assentados, indígenas, ribeirinhos, pescadores e atingidos por barragens nos rios amazônicos) estiveram presentes, totalizando mais de 100 pessoas no plenário. Foram debatidos os seguintes temas: aspectos críticos do planejamento e licenciamento de hidrelétricas na Amazônia; responsabilidade socioambiental de agentes financeiros; hidrelétricas na Amazônia e o planejamento da política energética nacional. Para assistir aos debates, clique nestes links: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/arquivos/videoArquivo?codSessao=58555 http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/webcamara/arquivos/videoArquivo?codSessao=58564
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